Cartas da Corte II

Os Cavaleiros

Quem nunca assistiu filmes da era medieval, onde um cavaleiro saia bravamente para defender a honra de uma bela Lady?

Ordenação de um Cavaleiro, por Edmund Blair Leighton, (1901) - Jovem sendo elevado à dignidade de cavaleiro
Ordenação de um Cavaleiro, por Edmund Blair Leighton, (1901) – Jovem sendo elevado à dignidade de cavaleiro

Na sociedade medieval temos bem definido as classes sociais ou ordens: o Clero (a Igreja), a nobreza e os servos; e segundo a Igreja medieval, cada uma dessas ordens tinha um dever a cumprir.

Segundo a designação estipulada pela Igreja, o Clero era o responsável pela espiritualidade, ou seja, era constituído pelos que oravam; os nobres estavam encarregados de proteger a sociedade medieval, ou seja, eram os que guerreavam; e, por último, os servos eram os que trabalhavam para manter a sociedade feudal.

Para a formação de um cavaleiro, além de o indivíduo ser nobre, era necessária uma preparação desde os 7 anos de idade, quando o pai do candidato a cavaleiro o disponibilizava a serviço de outro senhor. Dessa maneira, o candidato a cavaleiro deveria aprender boas maneiras e especializar-se no manejo das armas.

Aos 14 anos de idade, o indivíduo que pretendia ser um cavaleiro medieval, por meio de uma cerimônia, recebia do senhor uma espada e as esporas de prata. A partir de então, o jovem acompanhava o senhor nas batalhas militares.

Ao fazer 21 anos ele passava por uma cerimônia, onde jurava lealdade ao Senhor feudal e era sagrado cavaleiro.

E no tarô , quando temos a carta dos cavaleiros, o que significa?

Os cavaleiros representam uma energia em andamento, em desenvolvimento, propriamente dita já em ação. Pode-se dizer que eles estariam um degrau a mais dos pajens, que por sua vez são energias em potencial. São vistos como mensageiros, na grande maioria das vezes carregam mensagens importantes e devem receber grande atenção.

O cavaleiro de Paus traz a energia da renovação. O bastão significa poder. Saindo em um contexto positivo, significa o poder da renovação atuando em nossas vidas.

O cavaleiro de Ouros, ele te encoraja a agir, porém exige que você saiba qual caminho seguir. A energia da ambição está em ação.

Quando surge o cavaleiro de Espadas, a carta que te encoraja ainda mais e reforça que você tem a capacidade e a força de vontade para conseguir o que tanto almeja. É uma energia que te joga para o campo de batalha já afirmando sua vitória. Geralmente é uma carta que aparece para pessoas batalhadoras e que merecem conquistar os objetivos, uma vez que fazem tudo que está ao seu alcance. É só continuar seguindo seu caminho com a certeza de que os passos estão cada vez mais certeiros.

E por último o cavaleiro de Copas, significando que um impulso forte de sentimentos, sejam eles bons ou ruins estão em ação e que podem ficar ainda maiores a qualquer momento. Aconselha a ter prudência com essas energias.

Cada um dos quatro cavaleiros representados pelos diferentes naipes tem características, significados e representações diferentes entre si. Lembrem-se sempre que cada jogo é um universo pessoal e a leitura deve ser feita levando-se em consideração a pergunta realizada.

Cartas da Corte I

Como descrito em postagem anterior, o tarô que existe mais antigo que temos conhecimento é datado da metade do Séc. XV. As cartas que o compõe, representavam em suas imagens figuras comuns aquela época e que embora nos atrai quando as olhamos no baralho, algumas podem nos trazer uma sensação de estranheza… pois não temos essas figuras em nosso cotidiano na atualidade.

Hoje irei abordar a carta do Pajem.

Em primeiro lugar o que era um pajem?

Na sociedade medieval, os nobres eram a classe dominante, e quem não pertencia a ela tinha uma vida muito difícil…Para ser um nobre você deveria nascer assim. Um modo encontrado de se aproximar de tal nível social era tornar-se um cavaleiro. Portanto, o filho de um vassalo ou servo, que tivesse conquistado o bem-querer de seu Senhor, poderia solicitar que seu filho tivesse o privilégio de aprender a ser um cavaleiro e isso se dava com essa criança no início sendo um pajem.

Um cavaleiro começava seu treinamento por volta dos 7 anos de idade. Ele era enviado para viver na casa de um senhor de terras. Os pajens faziam pequenos trabalhos e aprendiam habilidades como ler, escrever e caçar. Com cerca de 12 anos, o jovem se tornava escudeiro e passava a servir a um cavaleiro, aprendendo a usar espadas e lanças, bem como a se movimentar vestindo uma armadura (um ótimo filme para entender bem esse exemplo é O Feitiço de Áquila). Por volta dos 21 anos, o escudeiro fazia seus votos, prometendo servir a um senhor, e se tornava cavaleiro.

Existe também uma outra opção para ser um pajem, poderia ser um menino de nascimento nobre que era aprendiz de um cavaleiro e sua dama. De modo geral, ele serviria a dama até ter idade suficiente para que o cavaleiro lhe ensinasse o uso das armas e assim ele se tornava um escudeiro.

Nos tempos atuais podemos comparar o pajem ao mensageiro de uma empresa, ao office boy da firma, ao estagiário que está com você aprendendo em seu setor.

E nas lâminas do tarô? A maior dúvida quando sai uma dessas cartas e se representa uma pessoa. E a resposta é… depende (rsrsrs), tudo em uma jogada de tarô depende da pergunta e das cartas ao redor na tiragem.

Gilded Tarot Royale Ciro Marchetti

Se a carta corresponder a uma pessoa, representará uma pessoa jovem, ou alguém que se porta com as características de um jovem, uma pessoa imatura, irreverente, ainda sem grande sabedoria, com sede de aprendizado. Agora se na tiragem for uma situação, geralmente é sobre uma notícia, um anúncio, que está chegando e analisando o naipe da carta saberemos se é a nível material, emocional etc. Representa situações de iniciativa, investimento e possibilidades, podendo ser favoráveis ou não.

No próximo post abordaremos a carta do Cavaleiro. Até a próxima.

Cartas da Corte

Entre os 56 Arcanos Menores, encontramos 4 figuras fascinantes, representando a realeza: O Rei, A Rainha, O Cavaleiro e o Pajem (ou Valete), constituindo o que chamamos de Cartas da Corte. Elas se repetem nos quatro naipes – paus, espadas, copas e ouros.

Muitos ao verem essas cartas podem não sentir uma identidade, uma afinidade, afinal elas foram inspiradas em personagens de épocas passadas, entretanto lembrem-se que o tarô registrado mais antigo que temos conhecimento é da metade do século XV…

Pajem de Copas – Tarot Gilded Royale

Pajem? O que é um pajem? Era um rapaz que, na Idade Média, acompanhava um príncipe ou um senhor para prestar-lhes serviços e iniciar-se na carreira das armas. Vamos trazer para a atualidade? O que seria um pajem hoje em dia? O que sua intuição lhe diz?

Cavaleiro de Paus – Tarot Gilded Royale

Cavaleiro? Existem cavaleiros hoje em dia? Será que essa carta se refere a um homem galante e educado?

Rainha de Espadas – Tarot Gilded Royale

Reis e Rainhas estão mais próximos de nosso imaginário, sejam pelas histórias de contos de fadas ou pela própria realidade nas mídias que nos mostram o comportamento da realeza que se perpetuou até hoje em dia.

Rei de Ouros/Pentáculos – Tarot Gilded Royale

Iniciarei uma série de posts sobre esses arquétipos, para que vocês se familiarizem melhor com eles e entendam melhor o que representam.

Não percam!!!

CURRÍCULO:

CERTIFICADA COMO CATR PELO THE TAROT CERTIFICATION BOARD OF AMERICA.
CERTIFICADA EM TELEPSIQUISMO, DEFESA PSÍQUICA, CHAKRAS, TÉCNICAS DE REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA UNIDARMA.
MESTRA EM REIKI, SISTEMA USUI E THE WAY OF THE HEART.
FORMADA EM MAGIA, AROMATERAPIA, TERAPIA DOS FLORAIS E ORÁCULO DAS VELAS PELO BUZZERO.
INICIADA NO SAGRADO FEMININO PELA TERAPEUTA LUCI PORCINO.
SACERDOTISA DA ORDEM DE MELQUIZEDEK.


Mestre Interior

Todos tem em si, tudo de que precisam!

marciadeluca

Filosofia de Bem-Viver

Chris Allmeida

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