Uma Jornada pelos Arcanos Maiores VI

Shadowscapes Tarot

Shadowscapes Tarot

A carta que se segue a O SACERDOTE  chama-se O ENAMORADO. Essa é uma das mais belas lâminas que temos no Deck Shadowscaps Tarot. Aqui se vê um casal jovem em um enlace que nos toca, pois é um enlace de almas. Não há dúvida de que a eterna procura pela alma que nos completará é uma situação arquetípica vivida em nossa própria experiência pessoal.  A trama retratada em O ENAMORADO não precisa de elaboração aqui, pois é, praticamente, a base de noventa por cento da literatura e do drama existentes no mundo de hoje. A quem quiser refrescar a memória nesse sentido bastará ligar o seu televisor mais ou menos ao acaso. A eterna procura pelo parceiro que nos complementará.

No céu, acima e atrás do Enamorado, o deus Sol, a abençoar esse encontro. O amor, porém não é apenas romance, é também sobre determinar valores e fazer escolhas — a inocência representada nas pombas acima deles, em contraste com a maçã vermelha enrodilhada na serpente, um dos mais antigos símbolos da tentação. Assim como a inocência do lírio contrasta com a sensualidade e luxo da rosa aos pés deles.

Quem de nós não teve que decidir entre o amor, que com o passar do tempo, tem períodos de rotina e a tentação de um encontro clandestino, porém com a ilusão do bater descompassado do coração? Pelo que devemos optar? Onde se encontra a razão quando o desejo invade o coração?

Essa é a carta do Caminho da Vontade, da escolha e a partir de nossas escolhas, ou seja, a partir do caminho do Livre-arbítrio surgirão possibilidades, porém é um momento difícil, pois o Livre-arbítrio tem seu peso: a escolha correta! Temos que nos lembrar de que somos livres para fazermos nossas escolhas, porém somos eternos escravos das consequências das mesmas…

Doravante em nossa série do Taro, este jovem ego será o protagonista principal do drama do Taro. Nesse sentido nos referiremos amiúde a ele como ao Herói, pois é a sua jornada ao longo do caminho da autoconhecimento que estaremos acompanhando.

By Rosi Guimarães

Uma Jornada pelos Arcanos Maiores V

Shadowscapes Tarot

O Trunfo do Taro número cinco é O PAPA. Segundo o dogma da Igreja, o Papa é o representante de Deus na Terra. Como tal, infalível. Representa uma figura de autoridade arquetípica, cujo poder ultrapassa o do pai e imperador. Em termos junguianos, representa o Velho Sábio arquetípico.

O arquétipo do Velho Sábio, dramatizado nos profetas hebreus bíblicos e nos santos cristãos, é poderoso ainda hoje. Aparece em nossa sociedade, não raro, como um guru com a cabeça embrulhada num turbante ou como um caminhante idoso e barbudo, envolto numa túnica branca e com sandálias nos pés. Às vezes, terá sido submetido a um treinamento em alguma disciplina espiritual, oriental ou ocidental, e, às vezes, aparece sem pasta. Se recebermos um novo conhecido dessa espécie com lisonjas servis ou se lhe voltarmos às costas em rejeição instantânea, poderemos ter a certeza de que o arquétipo está em ação. Mas o fato de conhecer uma pessoa assim como ser humano pode ajudar-nos a ver que a iluminação espiritual é, afinal de contas, uma questão mais pessoal do que institucional.

Sendo ele mesmo velho e sábio, o Taro retratou o Velho Sábio arquetípico de duas maneiras. O PAPA da carta número cinco mostra-o em sua forma mais institucional, e O EREMITA da carta número nove o retrata como andarilho. Quando estudarmos as duas cartas, teremos ocasião de entrar em contato com essas figuras como forças dentro de nós mesmos. Infelizmente nos dias de hoje, muitas vezes nos defrontamos com pessoas mesquinhas, falsas, enganadoras, que fingem possuírem poderes e se dizem Iluminadas, quando na verdade não passam de charlatões, a espreita do ingênuo…

O conhecimento de tais arquétipos nos ajudará a determinar a extensão em que as qualidades que eles simbolizam estão incorporadas em nós mesmos e em pessoas de nossas relações.

Inspirado em Jung e o Tarô – Sallie Nichols

By Rosi Guimarães

Sinais de Trânsito e o Tarô

John Coulthart

Uma montagem dos 22 Arcanos maiores com os sinais  convencionais de trânsito. Uma demonstração moderna das artes!

By Rosi Guimarães

 www.johncoulthart.com/pantechnicon/tarot.html

O Imperador

50 imagens do Arcano IV, o Imperador, do tarô, na visão de diferentes artistas.

Uma Jornada pelos Arcanos Maiores III e IV

Shadowscapes Tarot

As duas cartas seguintes na sequência do Tarô, A IMPERATRIZ e O IMPERADOR, simbolizam os arquétipos da Mãe e do Pai em escala grandiosa. Pouca necessidade haverá de nos estendermos aqui acerca dos poderes das duas figuras, pois todos os experimentamos em relação a nossas mães e pais pessoais ou a outros seres humanos que representavam para nós seus substitutos. Como crianças, todos vimos, provavelmente, nossos pais entronizados como a “boa” mãe “nutriz” e “protetora”, e como o “onisciente”, “corajoso” e “poderoso” pai. Quando, por serem humanos, eles deixaram de representar esses papéis de acordo com o nosso texto, nós, muitas vezes, encaramos nossa mãe como a arquetípica Bruxa Negra ou a Madrasta Má e nosso pai como o Diabo Vermelho e o Cruel Tirano. Foram precisos muitos anos de projeção exótica para podermos, afinal, ver nossos pais como seres humanos que, à nossa semelhança, possuíam muitas potencialidades tanto para a felicidade quanto para o infortúnio.

Até como adultos, se nossos pais estiverem vivos, ainda poderemos descobrir algumas áreas em que revertemos aos padrões de hábitos da mocidade e brincamos de “filhos”. Quando isso acontece, podemos sentir-nos impelidos a procurar nossos pais e “desabafar” com eles. Mas do ponto de vista junguiniano, a proposta confrontação com os pais, mesmo possível, não é necessariamente o primeiro passo para o esclarecimento do nosso problema. Pois aqui também (como no caso do motorista e do caronista) os arquétipos estão em atividade. Inteiramente à parte das personalidades e ações de nossos pais (por mais limitados e inconscientes que estes pudessem ser), estaríamos tendo problemas semelhantes com quem quer que estivesse no lugar deles enquanto não tivéssemos entrado em acordo com os arquétipos da Mãe e do Pai dentro de nós mesmos. As probabilidades são de que tanto nós quanto nossos pais sejamos bonecos no drama arquetípico, manipulados por figuras gigantescas que operam por cima e por trás da nossa percepção consciente.

Enquanto este for o caso, por mais boa vontade, determinação, confissão, ou o que quer que ocorra numa confrontação entre os próprios bonecos, o resultado só pode ser um maior emaranhamento nas cordas. Obviamente, a primeira coisa a fazer é dar meia-volta e encarar com os marioneteiros de modo que possamos ver o que eles tencionam fazer e, se possível, desatar ou afrouxar algumas cordas.

O descobrimento da camada arquetípica do inconsciente e a apresentação de técnicas de confrontação são algumas das maiores contribuições de Jung à psicologia. Pois sem o conceito dos arquétipos, estaríamos presos para sempre numa dança de roda interminável com pessoas na realidade exterior. Sem técnicas para separar o pessoal do impessoal, estaríamos projetando incessantemente em nossos pais, ou em outros em nossos meio, padrões arquetípicos de comportamento que nenhum ser humano pode, possivelmente, encarnar.

Inspirado em Jung e o Tarô – Sallie Nichols

By Rosi Guimarães

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CURRÍCULO:

CERTIFICADA COMO CATR PELO THE TAROT CERTIFICATION BOARD OF AMERICA.
CERTIFICADA EM TELEPSIQUISMO, DEFESA PSÍQUICA, CHAKRAS, TÉCNICAS DE REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA UNIDARMA.
MESTRA EM REIKI, SISTEMA USUI E THE WAY OF THE HEART.
FORMADA EM MAGIA, AROMATERAPIA, TERAPIA DOS FLORAIS E ORÁCULO DAS VELAS PELO BUZZERO.
INICIADA NO SAGRADO FEMININO PELA TERAPEUTA LUCI PORCINO.
SACERDOTISA DA ORDEM DE MELQUIZEDEK.


Mestre Interior

Todos tem em si, tudo de que precisam!

marciadeluca

Filosofia de Bem-Viver

Chris Allmeida

Todos tem em si, tudo de que precisam!