Este caminho é antes de qualquer coisa fora do comum, do padrão. É também criativo e desafiador. As curvas do penhasco sugerem idas e voltas ao bel-prazer, apenas por ser divertido. No entanto, ele não se perde em si mesmo: deixa ver que há sempre mais, quando vamos em frente.
O verde dos penhascos são organismos vivos e o caminho reflete a beleza de cada coisa viva. O Louco também rege o inesperado e creio que é justamente nessa interação sem raízes, nessa leveza do andar, que o imprevisível passa a ser uma possibilidade.
É um caminho atraente, mas, afetivamente ou emocionalmente não convida a ficar. Afinal, tantas curvas juntas, se vividas permanentemente, tendem a perturbar o equilíbrio. No entanto, é nos caminhos do Louco que reaprendemos a humildade de abrir mão do controle racional, a ouvir nosso instinto, a sair do rebanho igualzinho, a nos divertirmos fora da rotina e a expressar algo nosso genuíno.
O Caminho do Mago
A vereda do Mago mostra claramente um ponto de partida: há um centro de onde tudo parte, um centro onde nós nos vemos, antes de dar o primeiro passo em qualquer direção. Há várias possibilidades para avançar, cada uma delas bem marcada e também sugere que a escolha será sempre pessoal, pois define uma parte importante de nosso futuro. Mais comum na juventude, essa situação na verdade repete-se vida afora, mas em qualquer idade cronológica será um momento que vai sempre demandar jovialidade de mente, autoconfiança, impulso e fé no poder pessoal, caso contrário ficaríamos para sempre estagnados nesse ponto inicial.
A natureza ao redor é fruto de jardinagem, não é selvagem; há planejamento, há projeção. Mas antes de sair caminhando, o local oferece a arte de brincar nos desenhos do centro. Dentre outras coisas, o Mago nos ensina a rejuvenescer a mente e a aplicar isso na maneira como lidamos conosco e com nossas possibilidades de caminho.
Adaptado: El Tarot Luminar
By Rosi Guimarães




