Amanhã é comemorado o dia das crianças, portanto compartilho com vocês esse artigo que li, já há algum tempo. Espero que auxilie na reflexão de como orientarmos nossas crianças nesse mundo mágico e maravilhoso do Tarô!
Tive a felicidade de receber o meu primeiro baralho de tarot na minha meia de Natal quando tinha os meus 12 anos de idade.
Ninguém na minha família lia cartas. Os meus familiares mais próximos eram Católicos (alguns da igreja Romana, outros da Anglicana) e a extensão da minha família consistia nuns ramos de Protestantismo (basicamente Metodista e Luteranista). A minha mãe apenas pensou que eram bonitas. Ninguém me impressionou dizendo que as cartas eram erradas ou que eram uma ferramenta de Satanás.
Apaixonei-me pelo baralho como uma forma de adivinhação e memorizei criteriosamente todos os significados das cartas. Fiz leituras para os amigos, vizinhos e membros da família até que as pessoas vinham a mim quando me viam com o baralho nas mãos. Enquanto ainda criança, certamente não utilizava as cartas em todo o seu potencial. De fato, era superficial. Contudo, a introdução ao tarot foi agradável e me satisfazia no momento. Só quando já andava no liceu é que me disseram que as cartas eram erradas e nessa altura já tinha descoberto por mim mesma que não tinham nada de errado.
Devido às minhas experiências com o tarot em tenra idade, geralmente espalhava a alegria do tarot oferecendo baralhos de presente tanto a adultos como a crianças. Hoje em dia, existem tantos baralhos que fazem presentes maravilhosos, especialmente para as crianças. Não dou apenas o baralho de tarot como presente. Geralmente incluo um baralho num cestinho. É fácil criar um cesto de presentes temáticos e incluir um baralho de tarot – de modo a que o baralho pareça acidental no meio.
Todas os meus primos mais novos receberam cestos desses, assim como as minhas sobrinhas. Houve apenas uma mãe que tirou o baralho da criança, mas não guardou nenhum ressentimento por eu ter lhe dado o baralho. Ela sabia que a intenção não tinha malícia nenhuma, assim como eu compreendi que ela estava no seu direito e dever de mãe de banir quaisquer artigos que sentisse inapropriados para a sua criança. Assim, não houve qualquer animosidade da parte de ninguém. é uma pena porque a filha dela adora unicórnios. Tinha-lhe dado um cesto com uma estatueta dum unicórnio, carimbos de borracha com unicórnios, um poster dum unicórnio e um baralho do Tarot do Unicórnio. Era um cesto adorável.
Ao longo dos anos, dei muitos cestos assim. A uma criança que adora jogos de tabuleiro, dei um cesto com pequenos jogos de viagem e um baralho de Tarot Hanson-Roberts. Dei o Tarot do Baseball com cartas de baseball para trocar e outros objetos ligados ao baseball a um primo mais novo. Ambas as minhas sobrinhas receberam cestos de Halloween, com todo o tipo de artigos ligados ao evento e um baralho do Halloween Tarot.
Uma prima adolescente adora o baralho do Londa Tarot que lhe dei num cesto com tatuagens de henna, maquiagem, esmaltes coloridos e canetas de tinta brilhante. A mãe dela não gostou tanto, mas não teve nada a ver com o baralho de tarot. Angie (ou Angela como prefere ser chamada agora) estava a atravessar uma estranha fase gótica.
Uma prima mais nova recebeu como presente um cesto da Hello Kitty com um baralho da Hello Kitty e o seu irmão gêmeo recebeu um cesto de artista (tintas de aplicar com os dedos, paleta, cores, etc.) com um baralho do Stick Figure tarot.
As possibilidades são intermináveis se pensar um pouco. De todos os baralhos que dei (provavelmente uns 20 a 25 ao todo), apenas dois ainda são usados. Cerca de metade interessaram-se durante uns tempos, mas perderam o interesse desde então. Um deles até comprou um dois baralhos adicionais. Para mim, o objetivo não é recrutar leitores de tarot, mas expor os mais novos àquilo que é o tarot para que possam aprender por eles próprios (como aconteceu comigo) que não existe nada de errado, assustador ou diabólico com o tarot.
Os tempos estão mudando, isso é certo. O tarot não tem nada de mal para que tenha de ser escondido das crianças ou estar fora do seu alcance. O tarot pode ser uma ferramenta de crescimento maravilhosa para aquelas crianças (e adultos) que têm um interesse por ele.
Se a minha mãe não tivesse permitido que eu ficasse com aquele baralho quando eu tinha 12 anos, poderia nunca ter sabido que me poderia interessar pelo tarot. Nunca teria entrado na minha mente naquela idade e poderia nunca vir a entrar se não me tivesse sido oferecido.
Assim, da próxima vez que for a uma loja à procura dum presente de aniversário para um sobrinho, sobrinha ou outra criança, lembre-se também do tarot.
Um menino que coleciona os livros do Senhor dos Anéis do Burger King, adoraria um cesto com os bonecos do filme e um baralho de Tarot do Senhor dos Anéis. As meninas que sonham com fadas adorariam um cesto com adesivos, esmaltes brilhantes e o Tarot Moon Garden.
Por TarotDeevah



