No passado a suspensão pelo pé era umas das torturas amplamente executadas pelos romanos e existem também relatos de vítimas medievais.
Mas o enforcamento pelo pescoço, mortal, tem histórias mais remotas e, no caso de Judas, trata-se de um gesto auto-imposto na sequência do sacrifício que fez para que se cumprissem as profecias. Uma tradição que vem dos primórdios da Igreja cristã é a de que um outro apóstolo,Pedro, teria insistido em ser crucificado de cabeça para baixo por não se sentir digno de reproduzir o suplício de Cristo. De outro ponto de vista, pode-se dizer que a Antiguidade nos deixou vários testemunhos de figuras invertidas que em nenhum caso poderiam ser ligadas ao suplício. Esta postura é adotada com freqüência por divindades nuas assírio-babilônicas, nos cilindros de argila que reproduzem cenas de conjunto.
A lâmina XII do Tarô representa exatamente isso: Um homem suspenso pelo pé…imóvel, sem ação, parado, simbolicamente representa a Abnegação a Aceitação do destino ou do sacrifício.
A partir de seu número na ordem do Tarô, podemos relacioná-lo ao décimo-segundo signo do zodíaco, Peixes!
Peixes é o mais sensível e perceptivo dos signos, terreno dos sentimentos, das relações humanas, da inspiração e da espiritualidade. Sua força e diferenciação residem na capacidade de captar as energias do astral, trazê-las a Terra e adequá-las às mais diversas atividades e situações. Peixes ativa a imaginação ativa e intuitiva, desenvolve o senso estético, acentua o talento artístico e eleva a noção de proporção, de ritmo e harmonia que podem ser aplicados em atividades artísticas e humanas de toda sorte. Também nos amplia o senso de integração e o poder de síntese, que mesclados às habilidades visionárias do signo, podem traduzir o inconsciente coletivo das mais variadas formas. Peixes ainda nos convoca a ajudar, cuidar e proteger as pessoas que amamos: por isso mesmo é conhecido como o signo da compaixão, da generosidade e da inclusão. Sob sua égide, podemos plantar sementes de qualquer natureza, inventar tudo o que quisermos, criar projetos que melhorem o mundo, embelezem a vida e beneficiem as pessoas. Seus efeitos mórbidos podem ser o excesso de devaneios, fantasias, sonhos e emoções, as obsessões e devoções exageradas, a tendência ao entorpecimento através da ingenuidade, de vícios, do consumo de álcool ou da drogas.
Modificado de Ciça Bueno
By Rosi Guimarães.





