Hoje irei tentar desmistificar a primeira das Cartas que considero Complexa no Tarô, a carta do Diabo.

No Tarô de Raider Waite, nessa lâmina, observamos uma criatura bestial, com metade do corpo sendo de um homem e a outra metade de um animal, sua face é da besta, possui chifre e asas de morcego, sua mão direita encontra-se espalmada para cima e a esquerda possui uma tocha virada para baixo que acende a cauda do homem. A imagem olha fixamente consulente. Duas pessoas, um homem e uma mulher estão acorrentados pelo pescoço e presos a um bloco no qual a figura do Diabo se senta. O fundo da carta é toda pintada de preto.
A bestialidade, se entregar aos desejos animais e assim ‘perder” a racionalidade é um dos receios do ser humano. Não ter o controle de suas emoções e por conseguinte da sua vida. Sem contar com o fato que em nossa cultura cristã, o Diabo, religiosamente falando é a representação de tudo que é o mal e perigoso. Ao observarmos melhor as duas figuras humanas veremos que elas estão com correntes ao redor do pescoço, porém essas estão frouxas, se eles desejassem poderiam se soltar…então já começamos a refletir na mensagem real dessa imagem. Somos realmente escravos dos nossos desejos? Qual a linha tênue entre o excesso e o permitido?
Essa carta nos fala de conquista e astúcia, ganhos materiais e paixões e não apenas de sermos seduzidos pelos nossos desejos. Afinal, os desejos movimentam as pessoas e o ego faz parte do ser humano.
Fica uma pergunta para reflexão: Você assume que tem ganância? Façamos uma reflexão e tenhamos uma resposta sem usarmos máscaras. Todos temos nossos “demônios” interiores.


