Uma Jornada pelos Arcanos Maiores

Shadowscapes Tarot

 

Em nossa jornada pelos Arcanos, temos lâminas do número um até o número vinte e um, dispostas em sequência, formam três fileiras horizontais de sete cartas cada uma. O LOUCO, cuja designação é zero, não tem posição fixa. Visto que não tem lugar fixo, O LOUCO está livre para espiar os demais personagens e pode também irromper inesperadamente em nossa vida pessoal, do que resulta que, a despeito de todas as intenções conscientes, acabamos fazendo o papel de loucos.

O Louco arquétipo está muito em evidência em nossa cultura moderna. Podemos ver-lhe o equivalente atual, de pé à beira do caminho, estendendo um sorriso esperançoso e um polegar em nossa direção. E se esse personagem representa um aspecto inconsciente de nós mesmos, não podemos deixar de reagir emocionalmente a ele de um modo ou de outro. Alguns se sentirão imediatamente levados a parar e a dar uma carona ao moço que a pedia, lembrados de que eles também, em seus dias de juventude, viveram um período de perambulações despreocupadas antes de sossegar e passar a levar uma vida mais estável. Outros, que nunca bancaram o louco na mocidade, estenderão instintivamente a mão ao caminhante porque este representa um aspecto não vivido de si mesmo, a que eles se sentem inconscientemente atraídos.

Pode acontecer, todavia, que outra pessoa tenha uma reação negativa em relação ao jovem – uma reação tão instantânea e violenta que o fará, de repente, tremer literalmente de raiva. Nesse caso, o motorista calcará o acelerador, rilhará os dentes e fugirá literalmente da vista daquele espectador inocente, murmurando imprecações contra os seus “modos sujos”. Desejará poder deitar as mãos ao “jovem maluco”, e, instalá-lo numa semana de quarenta horas de trabalho, “que é o seu lugar”. “Tanta irresponsabilidade me deixa doente”, resmungará. Na realidade, a sua hostilidade é tão avassaladora que ele talvez comece até a sentir-se doente. Ao voltar para casa, poderá surpreender-se totalmente exaurido de energia e inexplicavelmente cansado. Mas no dia seguinte, quando (e se) a trepidação obsessiva em sua cabeça se tiver atenuado um pouco, poderá abrir-se nela um espaçozinho dentro do qual uma pergunta encontre uma saída sussurrante: “Por que não pode aquele moço com que topei na estrada perambular por aí, se o quiser? Que mal estará fazendo?” Mas o “mal” para o observador já foi feito. A simples vista do sujeito abriu uma lata de minhocas, que saíram da lata serpeando e tropeçando umas nas outras como uma dúzia de perguntas, cada qual exigindo resposta: Como seria levar a vida que levava aquele sujeito? -arrebentar o despertador? — atirar pela janela tudo o que se possuía? — passar a primavera e o verão inteiros vagabundeando debaixo do amplo céu azul? – e assim por diante.

Como não há maneira de tornar a enfiar as minhocas dentro da lata, o nosso motorista poderá sentir-se imobilizado em casa tentando responder às perguntas e sonhando sonhos impossíveis. Com um pouco de sorte, talvez consiga encontrar meios de transformar alguns sonhos em realidade. Coisas estranhas podem acontecer quando defrontamos com um arquétipo.

As reações ao Louco serão, naturalmente, tantas e tão variadas quantas forem às personalidades e experiências de vida dos que se defrontarem com ele. Mas o ponto está em que o ser tocado por um arquétipo sempre evocará uma reação emocional de alguma espécie. Explorando essas reações inconscientes, podemos descobrir o arquétipo que nos está manipulando e livrar-nos, até certo ponto, da sua compulsão. Em resultado disso, da próxima vez que encontrarmos essa figura arquetípica na realidade externa, a nossa resposta não precisará ser tão irracional quanto à acima descrita.

No exemplo que acabamos de citar, a desordem emocional que a vista do “louco” desencadeou e o autoexame que se seguiu podem não ter redundado em nenhuma mudança dramática no estilo de vida da pessoa em apreço. Mas, depois de refletir seriamente em outras possibilidades, ele pode chegar à conclusão de que a vida de vagabundo não lhe convém. Pode achar que, considerando todas as coisas, prefere a estabilidade e a conveniência de um lar, e que gosta tanto de ter um automóvel e outras propriedades que se sente disposto a suar a camisa no escritório para adquiri-las. Mas através do exame de outras possibilidades, terá escolhido o seu estilo de vida mais conscientemente; e, tendo feito as pazes com o seu impulso oculto de bancar o louco, pode encontrar maneiras de expressar essa necessidade no contexto de sua vida atual.

Seja como for, da próxima vez que passar por um vagabundo feliz e dançante na estrada, sentirá mais empatia por ele. Tendo agora escolhido sua própria vida, estará mais disposto a deixar que os outros escolham o seu caminho. E, tendo chegado a um acordo com o renegado na realidade interior, não se sentirá tão hostil e defensivo quando uma figura assim se lhe deparar na realidade exterior. O mais importante de tudo, porém, é que terá experimentado o poder de um arquétipo. Da próxima vez que sair dirigindo o automóvel por aí, compreenderá que não está sentado sozinho no assento do motorista. Saberá que forças misteriosas estão em atividade dentro dele, capazes de guiar-lhe o destino e absorver-lhe a energia de maneiras imprevistas. E estará de sobreaviso. O Louco é um arquétipo compulsivo e, como vimos, muito em evidência nos tempos de hoje. Mas todas as figuras do Taro têm a sua espécie própria de poder e, por serem eternas, estão todas ainda ativas em nós mesmos e em nossa sociedade.

Vamos retratar os Arcanos Maiores nessa jornada!

Inspirado em JUNG E O TARÔ — Uma jornada arquetípica SALLIE NICHOLS

By Rosi Guimarães

O Sígno de Escorpião e o Tarô

 

Em 23 de outubro, o sol começou sua jornada através do signo de Escorpião, que é atribuído à carta da Morte e da Torre no tarô.

A astrologia ocidental tem suas origens na Babilônia, Caldéia e Egito, onde o escorpião era um aracnídeo a ser temido. Uma breve revisão da vida do escorpião revela rapidamente por que esses aracnídeos são associados com a morte, destruição, renascimento e transformação.

Os escorpiões podem crescer e se tornarem enormes. Eles têm seis pares de apêndices. O segundo par de apêndices, têm grandes e poderosas garras em forma de pinça, para agarrar e segurar suas presas. Os quatro pares restantes têm pinças e são usadas para caminhar.

No final do corpo alongado do escorpião existe uma cauda segmentada, com um ferrão venenoso. Os escorpiões têm dois tipos de veneno: uma hemotoxina que causa inchaço e dor, e uma neurotoxina que pode causar paralisia do nervo e  morte. O acasalamento consiste em uma dança que culmina com a fêmea aceitando o esperma do macho, depois ela  o mata e come. Após um período de gestação, o escorpião fêmea dá à luz a filhos de seu marido devorado, completando o ciclo de morte e renascimento.

Shadowscapes Tarot

O escorpião é um inimigo formidável, pequeno, mas poderoso e potencialmente letal. Na astrologia, o planeta Marte é o guerreiro do zodíaco, então é natural que Marte seja associado com o signo de Escorpião. Na astrologia tradicional, Marte, o deus da guerra, é  simbolizado pelo relâmpago, a arma preferida de Zeus ( Júpiter ), o rei dos deuses do Olimpo. Marte é também um símbolo fálico, que significa penetração e sexualidade masculina.

Na carta da Torre do tarô vemos uma torre fálica, presumivelmente, a torre de Babel, que está sendo destruída por um raio. A Picada do escorpião é tão repentina e dolorosa como ser atingido por um raio. Na carta da Torre vemos a arrogância humana que está sendo derrubada pela picada venenosa de um deus irado, repetindo o tema mítico de Zeus ferir seus adversários com o fogo do céu.

Questões colocadas pelas Lâminas da Morte e da Torre

As lâminas da Morte e da Torre são ligadas tematicamente. Quando algum deles aparece em um jogo de Tarô, devemos nos perguntar onde em nossas vidas que precisamos “morrer” para que possamos ser transformados e renascer em um novo nível de existência. A carta da Morte diz que nós devemos dar o que é inútil e em desuso em nossas vidas e assim fazermos a nossa transformação. A lâmina da Torre nos adverte que se não fizermos as mudanças necessárias em nossas vidas, forças externas as farão por nós. Então é preferível que usemos nosso Poder Pessoal e executemos as transformações em nossas vidas.

By Rosi Guimarães

Inspirado no site: http://www.stariq.com

 

O Círculo Mágico da Vida — Parte Final.

It’s about Time – Ciro Marchetti

O Louco transformado pelo caminho do amor, continua sua jornada de resgate do seu próprio ser e de sua realização pessoal. Começa por seus instintos, representado pelo Arcano XV, O Demônio. Os instintos por séculos foram renegados, taxados de tabus, exilados nas masmorras do inconsciente. Esse resgate libera tanta energia que permite remover prisões. Na passagem pela Torre, Arcano XVI, essas são destruídas. O Louco largará a ilusão, para firmar-se na realidade.

No Arcano XVII, A Estrela, O Louco, recupera sua mente perceptiva e assim estará com força e claridade suficientes para encarar e resolver o lado mais escuro de sua sombra, em seu encontro com a Lua, Arcano XVIII. Isso significa que enfrentará os medos infantis que foram incutidos em seu coração, encarará esses monstros frente a frente.Não deixando que os fantasmas uivantes da Lua consigam enfeitiçá-lo, achará as emoções puras e profundas e saindo desse mergulho nas trevas, atingirá a luz: O Sol, Arcano XIX.

Aqui é o sol interno, seu Ser Espiritual,, ele resplandece, pois atravessou todos os véus que escondiam o Ser de Luz que sempre foi e será.  No Julgamento, Arcano XX, O Louco vive a reintegração de suas partes que ele resgatou na sua Jornada. Instinto, Intelecto, Emoções e espírito fundem-se! Nasce um novo Ser. É um processo alquímico, com um salto qualitativo que pode ser comparado a um renascimento. Surge um Novo Homem, ou uma Nova Mulher, livre de travas e disposto a viver uma Nova Era! E no arcano XXI, O Mundo, O Universo, O Louco termina sua tarefa, realiza suas potencialidades e transcende. Alcançando um novo ciclo na espiral da evolução, restando para ele apenas celebrar o êxtase da dança da vida!

Adaptado do Livro: Curso de Tarô e Seu Uso Terapêutico By Rosi Guimarães

O Círculo Mágico da Vida — Continuação

Cosmic Clock – Ciro Marchetti

O Louco sabe que deve abandonar aquilo que não lhe satisfaz mais e sente o impulso de encarar o desconhecido, nessa sequência sobe no Carro, Arcano VII. Não sabe bem qual direção tomar, só quer manter ao estado de plenitude que conheceu com o amor…Esse vislumbre de felicidade que descobriu com o amor pode ser descoberto por outros caminhos, como a meditação, o encontro com um Ser Iluminado ou até mesmo alguma experiência entre a vida e a morte. Ele passa a ter um encontro com seu próprio carma e para atingir níveis superiores de consciência vai ter que reequilibrar essa balança.

No encontro com o Arcano VIII,  A Justiça, o Louco limpa uma boa parte de seu passado cármico e continua seu crescimento mais equilibrado. Esse ajuste poderá não ser agradável. e ele sairá abalado, porém consciente que deverá se conhecer melhor. Nesse momento o Louco entra em contato com o Arcano IX, O Ermitão.

Essa é a primeira interiorização voluntária e consciente, ele começa a se estudar, tomando contato e assumindo seus desejos proibidos e “inconfessáveis”. Discerne nesse momento entre o sue verdadeiro Eu e o veneno que lhe foi injetado. Movido por essa nova consciência O Louco faz terapias alternativas, melhora sua alimentação…Vai se centrando e nesse ponto corre perigo, porque pode usar suas descobertas para seguir em frente ou deixar que seu ego se apodere delas e usá-las para se autopromover, fazendo um retrocesso ao Sacerdote.

Porém o natural é que mais centrado e consciente, ele deixe sua relativa solidão e volte ao mundo, ao agito, ao Arcano X, A Roda da Fortuna, ele que pertenceu a esse mundo agressivo, agora pode vê-lo de fora, não morde mais a isca, ele percebe que pode viver no mundo e não ser seu escravo. Aprende que que cada situação pode ser aproveitada como uma oportunidade para polir seu Eu mais verdadeiro e o Louco começa a perceber quão único e maravilhoso ele é. Começa a amar-se, entrando no estado de consciência do Arcano XI, A Força. O Louco recupera seu entusiasmo, seu equilíbrio e força! Ele entrega-se a Existência, da qual passa a se sentir parte.

No Pendurado, Arcano XII, o Louco entrega-se de coração a Existência. Ele para de procurar. Nos Amantes, o Louco apaixonou-se por uma pessoa que o fez sentir-se feliz. Agora a paixão é por ele mesmo, o que lhe dá forças para estacionar a mente e entregar-se à vida. Atinge então o clímax da autotransformação: A Morte, Arcano XIII.

Nesse Arcano, o Louco, vivência a morte de seu robô, um papagaio repetidor de doutrinas, aparecendo a essência do Ser Divino que somos todos nós. O Louco irradiando amor, liberta seu Eu mais íntimo, essa libertação foi algo trabalhado, um processo que começou nos Amantes e exigiu uma guerra com os implantes de sua programação infantil, realizada pela Imperatriz e pelo Imperador. A natureza mais autêntica flui e toma formas concretas. Essa é a fase de consciência que chamamos de Temperança ou “Arte”, Arcano XIV, pois tudo que flui de modo espontâneo do ser é, sem dúvida, arte. Essa é a segunda iniciação do Louco!

(continua…)

Adaptado do Livro: Curso de Tarô e Seu Uso Terapêutico By Rosi Guimarães

O Círculo Mágico da Vida

The Gilded Tarot Royale

Abordar os Arcanos Maiores é uma grande aventura! Vamos fazer uma abordagem diferenciada… Vamos caminhar com os arcanos maiores pelos ciclos mágicos de nossa Jornada terrena.

O Louco estará na posição inicial, assim ficando em contato com cada uma das 21 cartas restantes, que serão os desafios do ciclo da vida, pelos quais ele passará e irá se transformar.

O Louco é o recém-nascido, puro e inocente, representa assim o estado potencial das coisas. Ele chega livre de medos, preconceitos e bloqueios emocionais. A partir desse momento ele começa a ter contato e desenvolver em si mesmo a primeira polaridade, começa a expressar-se de duas maneiras fundamentais básicas que operam nos Cosmos: o Princípio Masculino ou Yang e o Princípio Feminino ou Yin, que no Tarô recebe o nome de: O Mago e A Sacerdotisa, respectivamente.

O neonato vai relacionar-se com o mundo que o rodeia, vai mamar, sentir frio, criar, descobrir seus limites, agir com o mundo exterior. Essa é a expressão do Mago, Arcano I.

A Sacerdotisa, Arcano II, está relacionada as forças que levam o bebê à interiorização, ele fica quieto, tranquilo e silencioso.

Ele também está entrando, ao mesmo tempo em contato com o mundo mais concreto, o mundo das regras. Esse contato se faz por meio da mãe e do pai, A Imperatriz e O Imperador, Arcanos III e IV, respectivamente.

Nesse contato são passadas as “regras” de comportamento, muitas vezes o tempo que os pais deveriam gastar para conversar, informar, orientar, escutar, compartilhar, será gasto para ordenar, ameaçar, premiar ou castigar. Assim, O Louco perde o caminho de seu coração, enfraquecendo o seu Eu.

Continuando na nossa sequência, O Louco vai encontrar-se com O Sacerdote, o Arcano V, que traz as doutrinas com as quais a sociedade molda seus cidadãos. O Sacerdote é o poder ideológico que ajuda o Imperador a sustentar seu poder econômico, o sistema.

Essa programação comportamental foi gravada a sangue e fogo no subconsciente, será preciso mexer com as emoções e os instintos para que algo aconteça. A paixão, onde o amor e desejo se complementam é o melhor abre-latas. Portanto não é surpresa que a próxima carta de nossa Jornada seja Os Amantes, Arcano VI.

Quando O Louco se apaixona, ele vê o mundo e a si mesmo com outros olhos! Afinal alguém o aceita e o ama como ele é, apaixonado ele tem coragem para lutar, ser autentico, esse amor pode transcender, a ponto dele se sentir unido ao Universo todo. Se depara então com o grande dilema: dar continuidade a esse momento, assumindo o direito de seguir os impulsos mais íntimos, ou continuar a rotina mecânica, escravizante e sem prazer. Os Amantes leva O Louco a uma opção fundamental: escolher entre dois caminhos. De um lado, o risco, da entrega ao amor, a espontaneidade, ao prazer, do outro, o que é conhecido, as rotinas, os velhos padrões de comportamento. Mudar significa entra em uma viagem que não se conhece bem o itinerário…

(Continua…)

Adaptado do Livro: Curso de Tarô e Seu Uso Terapêutico By Rosi Guimarães

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CERTIFICADA COMO CATR PELO THE TAROT CERTIFICATION BOARD OF AMERICA.
CERTIFICADA EM TELEPSIQUISMO, DEFESA PSÍQUICA, CHAKRAS, TÉCNICAS DE REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA UNIDARMA.
MESTRA EM REIKI, SISTEMA USUI E THE WAY OF THE HEART.
FORMADA EM MAGIA, AROMATERAPIA, TERAPIA DOS FLORAIS E ORÁCULO DAS VELAS PELO BUZZERO.
INICIADA NO SAGRADO FEMININO PELA TERAPEUTA LUCI PORCINO.
SACERDOTISA DA ORDEM DE MELQUIZEDEK.


Mestre Interior

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